ATÉ QUANDO A ESCOLA SERÁ UM LUGAR DE VIOLÊNCIA?

A AFUSE lamenta profundamente as ações violentas ocorridas em escolas nas cidades de São Paulo e São José dos Campos, interior do estado.

Na sexta-feira (24), um Agente de Organização Escolar de uma escola em Cidade Aracy, bairro de São Carlos, foi vítima de um atentado a bomba após desentender-se com um aluno, a quem chamou a atenção por danificar a maçaneta do colégio.
Nesta segunda-feira (27), a professora Elisabete Tenreiro, 71, na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zonal sul da ca
pital paulista, morreu em decorrência de uma parada cardíaca após ser esfaqueada por um estudante do oitavo ano. Outras três professoras e um aluno também ficaram feridos.

Nos últimos 20 anos, o ataque é o 13º em escolas no Brasil e demanda das autoridades federal, estaduais e municipais ações
conjuntas e coordenadas que façam dos espaços de estudo lugares seguros e não exponham mais os trabalhadores, trabalhadoras da educação e estudantes. 

Somente quem está presente no cotidiano escolar sabe como a realidade das escolas têm se tornado delicada a partir de um cenário em que a truculência e a pressão crescem, o trabalho de professores e professoras é questionado e o enfrentamento é incentivado por setores conservadores da sociedade brasileira.

A discussão sobre o combate à violência precisa estar presente no dia-a-dia das comunidades escolares e levar em conta a  realidade de que os enfrenta.

A AFUSE cobra apoio irrestrito do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos) em todos os aspectos, inclusive, no apoio psicológico para que as vítimas tenham amenizado o sofrimento causado a partir de mais essas lamentáveis ações.