ROSANA APARECIDA DA SILVA
Presidente
O Abril Verde nos alerta sobre a necessidade de o ambiente de trabalho ser um espaço de saúde e não de adoecimento. Neste período, a sociedade é chamada a discutir a prevenção e tratamento a acidentes e doenças relacionados ao ambiente laboral.
A campanha tem relação com o 28 de abril, Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças Relacionadas ao Trabalho e segundo dados do Ministério da Previdência, em 2024, 3,5 milhões de afastamentos foram liberados por conta de doenças ligadas às atividades profissionais.
Quando pensamos nesses números, precisamos discutir as causas, que não estão presentes apenas em atividades insalubres ou de grande esforço físico, mas também em ambientes nocivos, com más condições que trazem prejuízos também emocionais.
Um cenário que afeta as escolas, onde estamos presentes. Por isso, avanços como a contratação de mais funcionárias(os) e servidoras(es) por meio de concurso público, o reenquadramento, promoções e a valorização dos salários são algumas formas de evitar doenças ocupacionais.
Ações fundamentais para garantir um número adequado de profissionais nas unidades escolares e fazer com que possam usufruir de uma estrutura que traga satisfação e não medo. Assim como a manutenção da democracia nas escolas, em detrimento da expansão das escolas cívico-militares também é fundamental para um bom ambiente profissional.
Isso inclui ainda medidas que sejam efetivas. Em março, o governo de São Paulo divulgou os critérios para formação de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio (CIPA), mas os eleitos não têm definidas atribuições ou a quem fazer as denúncias de situações de risco ou situações com impacto à saúde.
Governo comprometido com a saúde precisa se comprometer com trabalhadoras e trabalhadores. Trabalho seguro e saudável só é possível com a nossa valorização.
Rosana Aparecida da Silva, presidenta da AFUSE