De acordo com um relatório do Observatório de Mortes e Violências contra LGBTQIA+, em 2021, 316 pessoas foram vítimas da LGBTfobia no Brasil. Números que fazem do país, pelo quarto ano consecutivo, o líder em mortes desse tipo.
O documento é resultado de uma parceria entre organizações sociais como a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a Acontece Arte e Política LGBTI+ e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).
Os dados representam um aumento de 75% em relação a 2020,
quando ocorreram 237 mortes.
Em um país comandado por um presidente que utiliza a ideia de valorização da família como justificativa para atacar quem foge aos padrões heteronormativos, a escola exerce o papel essencial de discutir a inclusão, o respeito à diversidade e o combate à violência por gênero e orientação sexual.
Principalmente em São Paulo, estado onde mais se mata pessoas LGBTQIA+. Segundo o relatório, foram 42 mortes violentas em 2021.
VOCÊ SABIA?
A discriminação velada ou direta por conta da orientação sexual vai contra acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário. Desde 1966, está em vigor no país a Convenção 111 da OIT sobre a não discriminação no emprego e ocupação e que aponta a necessidade de adotar medidas contra “toda distinção, exclusão ou preferência fundada na raça, cor, sexo, religião, opinião política, ascendência nacional ou origem social que tenha por efeito destruir ou alterar a igualdade de oportunidades ou de tratamento em matéria de emprego ou profissão”.
AVANÇAR TAMBÉM NA POLÍTICA
De acordo com o Gay Blog BR, em 2020, 112 LGBTQIA+ foram eleitos prefeitos ou vereadores. O número de candidaturas, 590, também um recorde, com o PSOL (20 eleitos) e o PT (16) liderando a lista de partidos com mais vitórias nas urnas.
Mas para que esses números se transformem efetivamente em avanço é preciso ampliar a participação de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, queers, intersexuais e assexuais em todas
as esferas de poder. Além de escolher candidatos e candidatas dispostas a dialogar e promover políticas públicas de emprego, inclusão e proteção.
COMO DENUNCIAR VIOLÊNCIA LGBTQIA+
- Casos de discriminação em página da internet ou redes sociais new.safernet.org.br/denuncie
- Delegacias: Basta registrar um Boletim de Ocorrência e buscar ajuda de possíveis testemunhas para mover uma ação.
- 190: Canal da Política Militar para registrar casos de violência - Atende 24 horas.
- Disque 100: Canal do Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos - Atende 24 horas.