Nesta terça-feira, dia 15/05, o novo secretário da Educação, João Cury Neto, recebeu a direção da AFUSE para dar sequência às negociações em torno da nossa pauta emergencial de reivindicações.
CAMPANHA SALARIAL - Como é de conhecimento geral e irrestrito, nossas perdas salariais só aumentam, ultrapassando o patamar dos 200%, mesmo com os míseros 3,5% de reajuste concedido através da Lei Complementar 1317/2018. Nossa reivindicação, evidentemente, é a reposição das perdas e, emergencialmente, que o nosso reajuste siga o mesmo índice do que foi dado ao Magistério (7%).
Segundo o secretário, todo o esforço será feito nesse sentido, ainda que seja através de um anúncio que não esbarre na legislação eleitoral, uma vez que estamos no período em que a lei proíbe qualquer reajuste além dos já aprovados em Lei.
Ainda que o discurso do secretário tenha sido na linha de que “sua disposição é de ouvir os problemas”, NOSSAS NECESSIDADES NÃO SE RESOLVEM APENAS COM a disposição em ouvir. Sabemos que a construção pressupõe o diálogo, coisa que a AFUSE sempre o fez, MAS PRECISAMOS DE SOLUÇÕES PARA PROBLEMAS DE SOBREVIVÊNCIA. O que está em jogo é o sustento de nossas famílias e a as péssimas condições de trabalho. A AFUSE afirmou que as mazelas dos funcionários da educação são resultado de uma política de abandono e dos últimos governos de São Paulo, em um discurso baseado em crises orçamentárias.
AUDIÊNCIA COM O GOVERNADOR – A AFUSE solicitou que o secretário intervenha junto ao governador Márcio França para que receba a direção do sindicato e avance na solicitação emergencial da AFUSE, que é a extensão dos 7% para os funcionários também. João Cury Neto, por sua vez, também se comprometeu a insistir para que o governador dialogue com a AFUSE, em uma perspectiva de definição de uma política salarial verdadeira, através de uma proposta que pressuponha, através de uma construção conjunta, a reposição ao longo de uma gestão governamental.
PROMOÇÃO – Segundo a lei, a promoção deveria ser aplicada a cada dois anos. Em 2017 a mesma não ocorreu, uma vez que o governo alegou não ter recursos para esse fim. A AFUSE cobra a solução imediata do problema, que resulta em uma perda de 20% para os Agentes de Serviços Escolares e de 35% para os demais. Segundo o secretário e sua assessoria presente na reunião, A PROVA DE PROMOÇÃO SERÁ APLICADA AINDA EM 2018.
Não somos fiadores das palavras do governo e continuaremos cobrando!
PROGRESSÃO - Conforme consta na lei, desde que entrou em vigor, a Progressão do servidor de um nível dentro de uma faixa para outro seria estabelecido por decreto. O secretário João Cury, bem como sua assessoria, afirmou que o Decreto da Progressão já está no Palácio, e assumiu o compromisso de empenho imediato para que esse decreto seja publicado o quanto antes.
CIS (Contrato de Impacto Social) – Desde novembro de 2017 o governo vem “gestando” o projeto de transferir a gestão da Educação Pública para as OSs (Organizações Sociais), nos mesmos moldes que vem fazendo na Saúde Pública. Ainda que o secretário tenha afirmado que “chegou agora e precisa se inteirar desse assunto”, todas as notícias que se tem desse processo é o de transferência de recursos que poderiam ser aplicados no serviço público. Em outras palavras, A PRIVATIZAÇÃO! O secretário se comprometeu a dar continuidade a esse assunto, tão logo esteja com todas as informações necessárias. SOMOS CONTRÁRIOS A QUALQUER FORMA DE PRIVATIZAÇÃO E ENTREGA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO, ASSIM COMO A TERCEIRIZAÇÃO!
A DIRETORIA – SP 15/05/2018