AFUSE É PELA VIDA E CONTRA O RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS EM 2020

RESOLUÇÃO SEDUC 61 APONTA RETORNO PRESENCIAL ÀS AULAS

Enquanto o Estado de São Paulo atinge a triste marca de 30 MIL MORTES PELO CORONAVÍRUS (COVID-19), um número maior do que os óbitos em países como Espanha e Itália, o governo do Estado, através da Resolução 61, publicado no DOE de 01/09/2020, ANUNCIA O RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS, em forma de reforço curricular, ainda que de forma não obrigatória.

A Resolução 61 só pode ser definida como o resultado de uma ação de quem desconhece, de fato, a rotina de uma escola pública, suas implicações, suas estruturas e todas as deficiências que enfrentamos no dia a dia. Pior, em vários artigos e parágrafos dessa dita resolução, TODA A RESPONSABILIDADE NO CUIDADO DA VIDA é atribuída à Comunidade Escolar, como se pais, mães, funcionários/as e professores/as tivessem preparo para lidar com questões sanitárias da complexidade do COVID-19.

A escola da vida real, distante da que a Resolução 61 tenta nos convencer de que existe, em alguns casos, não têm nem mesmo água, quem dirá os equipamentos de proteção individual.

Experiência como as sofridas em Manaus, na qual em dez dias de aulas presenciais mais de cem trabalhadores/as em educação testaram positivo não podem se repetir em São Paulo. Ou alguém pode acreditar que em um Estado que já morreram mais de 30 mil pessoas, é possível ter algum tipo de segurança de vida? A única certeza é de morte certa. Para tanto, cabem, ainda, algumas orientações essenciais:

  • Somos contrários ao retorno às aulas presenciais em 2020.

  • Essa não é uma posição isolada da AFUSE, pois existe um percentual grande de pessoas na comunidade escolar que são contrários ao retorno presencial.

  • Nenhum/a funcionário/a que esteja no grupo de risco deve retornar ao trabalho presencial.

  • Ninguém deverá assinar qualquer tipo de documento que o/a obrigue ao retorno presencial.

  • Denunciar que as escolas não contam com uma estrutura física e sanitária para um retorno presencial, diferente do que o governo e a própria Resolução 61 afirmam.

A AFUSE propôs uma AÇÃO JUDICIAL CONJUNTA entre as entidades da Educação, CONTRA O RETORNO PRESENCIAL EM 2020, seja ele de que forma for. Será que o governo do Estado não entende que, nesse momento, AGLOMERAR É O MESMO QUE MATAR?