REAJUSTE 2018

Mas que reajuste?

Através de muita mobilização da AFUSE e demais entidades, com inúmeras ida da direção da e outros militantes à Assembleia Legislativa, os Deputados Estaduais aprovaram na noite de terça-feira, dia 13/03, o Projeto de Lei Complementar 1/2018, que institui reajuste salarial de 3,5% para os funcionários da educação e demais servidores públicos estaduais.

Foram debatidas as emendas apresentadas pelas bancadas de oposição, algumas delas elaboradas pela AFUSE, inclusive. Mas, infelizmente, repetiu-se o que sempre ocorre naquela Casa Legislativa: o governo utilizou sua ampla maioria de apoio e rejeitou absolutamente todas as propostas, dentre elas a que nivelava nosso reajuste com o concedido ao Magistério, que foi de 7%.

A AFUSE considera esse reajuste uma vergonha absurda por parte do governador Alckmin que insiste em não reconhecer que as perdas salariais dos funcionários da educação ultrapassam o estrondoso percentual de 200%. Isso sem contar os quatro últimos anos seguidos que ficamos sem uma única revisão salarial; ou seja, o que o governo chama de “aumento”, para nós, nem mesmo reposição de perdas pode ser considerado.

Nesse momento, temos que continuar nossa mobilização e pressionar o governo para que tenhamos uma política salarial de acordo com o importante papel que desenvolvemos na educação pública desse Estado. Não podemos esquecer que nosso Piso Salarial já esteve no índice de 2,8 salários mínimos, bem diferente do que representa atualmente, ainda que esses 3,5% sejam aplicados.

Já solicitamos uma audiência com o secretário da Educação, através de ofício, e continuaremos nossa campanha salarial e a luta em defesa dos diversos direitos adquiridos que esse governo insiste em nos tirar.

 

SEGUE A PRIVATIZAÇÃO! - A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo segue com sua proposta de privatização parcial da gestão de 61 escolas em áreas de vulnerabilidade na região metropolitana da cidade de São Paulo, o chamado Contrato de Impacto Social (CIS). Anunciada com pompa e circunstância, a proposta de Parceria Público-Privada do governo paulista traz a triste novidade de transformar os estudantes da rede estadual em cobaias de experimentos empresariais, já que o dito CIS foi pensado e elaborado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o Banco Mundial, a ONG britânica Social Finance e o Insper, este com o braço de consultorias Insper Metricis, além da própria Secretaria da Educação.

Em outras palavras, o governo paulista segue sua desastrosa política de entregue do patrimônio público nas mãos da classe empresarial, desta vez colocando em risco a educação de milhares de alunos, que passarão a serem avaliados sob a ótica daqueles que exploram as riquezas do nosso país.